Aluisio Azevedo

Aluisio Azevedo fundou a cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras, ele foi o responsável por inaugurar a estética naturalista no Brasil com o romance "O mulato" (1881). Influenciado por Émile Zola, Através de uma ótica naturalista, capta a mediocridade da rotina, os sestros e mesmo as taras do indivíduo, uma opção contrária dos românticos que o precederam.
Era filho do português David Gonçalves de Azevedo e de Emília Amália Pinto de Magalhães. Seu pai era viúvo e a mãe era separada do marido, algo que configurava grande escândalo na sociedade da época. Foi irmão do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo.
Desde cedo dedicou-se ao desenho através de caricaturas e à pintura. Em 1876 viaja ao Rio de Janeiro, a fim de estudar Belas Artes, obtendo desde então sustento com seus desenhos para jornais.
Com o falecimento do pai em 1879, volta para o Maranhão, onde começa finalmente a escrever. E em 1881, publica O Mulato, obra que choca a sociedade pela sua forma crua ao desnudar a questão racial. O autor já era abolicionista convicto.
O sucesso desta habilita-o a voltar para a Capital do Império, onde escreve incessantemente novos romances, contos, crônicas e até peças teatrais.
Sua obra é vista como irregular por diversos críticos, uma vez que oscilava entre o Romantismo açucarado, com cunho comercial e direcionado ao grande público, e outras mais elaboradas, pois deixava a sua marca de grande escritor naturalista.
Feito diplomata, em 1895, serve em diversos países, inclusive o Japão. Chega finalmente, em 1910, a Buenos Aires, cidade onde veio a falecer menos de três anos depois.

Bibliografia de Aluízio Azevedo
1880 Uma Lágrima de Mulher
1881 O Mulato
1882 Mistério da Tijuca ou Girândola de amores
1882 Memórias de Um Condenado ou Condessa Vésper
1884 Casa de Pensão
1884 Filomena Borges
1887 O homem, novela
1890 O Cortiço, novela
1890 O coruja, novela
1894 A Mortalha de Alzira
1895 Demônios
1895 O livro de uma sogra
1984 O Japão

Adaptção para o Cinema:



Título: O Cortiço - 1978

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Um comentário:

  1. O Cortiço, por si só, vale a pena cada segundo. Uma obra prima e rara...como poucas.

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